quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Viagem cósmica ao fundo do vidro espelhado chamado Cérebro bugado

Estou naqueles dias do mês de uma mulher, de que tu sente que o mundo tá te apunhalando e tu tem de carregar tudo nas costas, é. 
Bom eu não gosto disso, eu gosto de me sentir bem. Mas parece que o que me conforta é o mal, é a melancolia de deitar a cabeça no travesseiro, desligar a luz, fechar os olhos e focar em todos os problemas, e até criando problemas que não existem apenas pra se confortar no MAL. Certo, eu nunca tive expectativas boas, eu nunca espero nada. E quando dá vontade de esperar? Ih. Aquela vontade de aguardar alguém te elogiando pelo que tu fez sem querer, de alguem te preparar uma xícara de café, ou te oferecer algo que tu gosta de comer? De receber um abraço daqueles que tu não consegue respirar, e fica pensando no porque ganha aquele mimo, mas não quer nunca que acabe? E aí tu não recebe nada e fica deploravelmente triste, mas é... as vezes fantasiar situações na nossa mente resulta em decepções. Eu sou daquelas pessoas que aparentam frieza e secura. 
Nunca gostei de viver preocupada e desenterrando reclamações. 
Não sei se é certo dizer que eu estou cansada da vida. Não de viver... mas da minha vida. O tempo passando sem fazer ruídos como diria minha amada Doyoulike, e eu aqui nem se quer abrindo a janela da alma. Parece que existem barreiras ocultas que me impedem de sorrir. Eu estou cansada de viver dessa forma, mas não há forças que me motivem a continuar correndo. Quando acabo sentando de baixo do sol pra simplesmente deixar os pensamentos fluirem, eu penso no quão curta a vida é, e o quão dificil é enxergá-la de outra maneira se não o consumismo de coisas que não precisamos, da luta eterna por um status que não vale esforços, por conquistas internas que logo são subtituídas por outras. Só eu penso que podemos ser felizes com pouco? Morar numa colônia onde os vales são verdes, onde há lagos cristalinos, numa casa toda de madeira com muitas janelas pra contemplar a natureza, comer, respirar, brincar com os cachorros, fazer amor a luz do dia sem ter hora pra acordar.
Sou vítima de uma sociedade capitalista que incentiva o alto custo de tudo... Em Urano chove diamantes, a quantia de diamantes que chove eternamente lá, acontecendo um dia aqui, será que faria o diamante deixar de ser valioso? Claro que sim.  (Pausa pois acabei de me distrair e saí do assunto)
Acabei de levar um susto da campainha, isso tirou toda minha concentração. Coisas bugadas se destacam no meu dia hoje, que vai tudo de mal a pior. Não é as coisas, é eu eu não me sinto bem. E ninguém parece se importar então, fico escrevendo coisas que mudam de assunto a cada parágrafo pra que, por ventura, alguém se interesse num texto de alguém confuso e estranho, vulgo eu. Eu. Volto ao centro do mundo, que sou eu. Tudo é voltado a mim, o mundo translata ao meu redor. Mas coisas que me fazem bem somem de minha vista como se eu tivesse uma retração. Não posso ser o pior ser do mundo... Não é possível. Como há tormentos na minha cabeça, são pensamentos gritantes que me tiram a sanidade, que me fazem eu fazer uma auto-cobrança brusca de mim... Eu estou enlouquecendo a cada dia, e a cada dia mais tento fugir do eterno tédio, da eterna monotonia da vida. Eu preciso de dinheiro? Será que conseguir um emprego me salvaria dessa insatisfação? Não posso ficar olhando pro depois de amanhã, preciso do agora. Já. Me refugio contemplando dos finais de semana onde encontro minha paz, que é o meu amor. Eu amo o jeito que me transmite paz. Eu buscava a paz quando o encontrei, e parei de buscá-la. Ele me deu novos caminhos, me tirou da tormenta, sei que quero dividir minha vida com ele pra toda vida que me resta. 
Eu tenho um refúgio... Chega de escrever que, se alguém leu até aqui merece meu respeito, e bom, essa bagunça toda é apenas meus pensamentos viajando a muitos anos luz de distância daqui, apenas só, só apenas... 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Hoje eu resolvi guardar minha dor no bolso.
 Pois soltá-las só vai gerar intrigas, sofrer sozinha talvez não seja tão ruim, talvez seja se destruir e se montar depois, resolvi não dividir o que me aflige, talvez  morrer de ciumes não seja morrer de verdade. 
Talvez te querer por perto seria desejar a paz e ninguém perceber, talvez um dia eu reaprenda a ignorar. 
Quem sabe o meu andar cabisbaixo seja só sono. 
A angústia de te esperar estabiliza ao dormir.
Sorria, mesmo que tu esteja morrendo. Esse conselho é o que eu não gosto de dar mas vou seguir, quem sabe eu e meu caos não sejam claros como o brilho dos olhos. 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Uma de zilhões: A galáxia de Sombrero

Oi gente que lê meu blog, voces devem saber que eu amo muito Astronomia né? Se não, acabam de saber.
Moramos na Via Lactea... Tu deve saber disso né? 

Mas me encanto com essa coisa bela e linda vizinha a 28 milhões de anos-luz de distância da nossa. 

Essa é a Messier 104, NGC 4594
Messier 104 pelo Hubble




A galáxia espiral deve seu nome a sua aparência. É observada praticamente de perfil: o desvio de observação de seu plano galáctico é de apenas 6 graus. É notável a faixa preta em astrofotografias, composta de matéria interestelar: provavelmente foi observada primeiramente por William Herschel.2
Seu núcleo galáctico é grande e exibe um intenso brilho, visto mesmo em fotografias de curta exposição. Também possui braços bem definidos e um bulbo com um sistema populoso de aglomerados globulares. Seu halo galáctico se estende por vários milhares de anos-luz além de seu núcleo.


Sombrero, ESO

Sombrero, ESO

Galáxia do Sombreiro, imagem conjunta dos telescópios espaciais Hubble e Spitzer






domingo, 28 de julho de 2013


Eu aguardo em silêncio.
Aguardo as linhas serem escritas pelo vento, pelas canções tocadas no horizonte.
Eu não sei ser errante, os dias se tornam labirintos iguais, onde os caminhos são os mesmos, onde não há bifurcação.
Tênue é a linha entre a loucura e a hipnose de estar em paz. 
Esse caos se movimenta quando não há limites nos degrais do pensamento, onde só se ouve o barulho do silêncio, onde a brecha de luz se afasta, onde a única luz visível é a artificial. Mas seria possível um ser iluminado pelo real ser real? 
Existe uma guerra de ilusões. 
Onde ninguém vê. 
Onde o caos cessa. 
E começa tudo de novo. 
[...]

sábado, 30 de março de 2013

Música da noite (rs)


Olhe pra você:
Tão orgulhosa por sentir-se sempre tão certa de tudo,
De manter sempre todas as coisas sob controle.
Olhe pra você:
Já não sabe mais se consegue entregar seu coração.


Eu não queria estar no seu lugar
Deixei pra trás o tempo em que eu fui assim

Tento entender
Como você pode não sentir
Falta de um abraço quente quando as luzes caem
E o mundo todo parece estar sobre seu peito
Antes de dormir... Antes de dormir...

Nem todos os problemas do mundo vão te distrair
E nem te afastar de estar só
E quando você se sentir assim

[...]




Doyoulike - Mesmo que você não entenda

Fala pouco
... Mas fala tudo.

Minha Ilustre Sobrevivência Pt IV


E quando ela te surpreender, o que tu vai fazer?
Vai fechar os olhos e voltar um passo? Porque tens medo dela?
Liberta esse sufoco, levanta esse animo. Tira esse peso das costas, abra a porta pra primavera. Viva.
Porque ainda choras se tens um alivio de paz? Porque pensas demais? 
 Deixa fluir, deixa com o tempo. Não, o tempo de novo não... 
SIM. 
O tempo dirá. 
Mas não vá atrás dele, ele vem até nós. Ele passa por nós, ele nos tira dores nos dando maiores e finitas dores. Calma, vai passar esse teu medo, vai passar. Confie em si, nada vai ser igual. 
Tu não é igual. Desista da fuga, não deixe ela te matar. 
Deixa o sol te beijar.


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Pálido Ponto Azul



"Olhem de novo para esse ponto. Isso é a nossa casa, isso somos nós. 

Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece, qualquer um dos que escutamos falar, cada ser humano que existiu, viveu a sua vida aqui. O agregado da nossa alegria e nosso sofrimento, milhares de religiões autênticas, ideologias e doutrinas econômicas, cada caçador e colheitador, cada herói e covarde, cada criador e destruidor de civilização, cada rei e camponês, cada casal de namorados, cada mãe e pai, criança cheia de esperança, inventor e explorador, cada mestre de ética, cada político corrupto, cada superestrela, cada líder supremo, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu aí, num grão de pó suspenso num raio de sol.
A Terra é um cenário muito pequeno numa vasta arena cósmica. Pensai nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, na sua glória e triunfo, vieram eles ser amos momentâneos duma fração desse ponto. Pensai nas crueldades sem fim infligidas pelos moradores dum canto deste pixel aos quase indistinguíveis moradores dalgum outro canto, quão frequentes as suas incompreensões, quão ávidos de se matar uns aos outros, quão veementes os seus ódios.
As nossas exageradas atitudes, a nossa suposta auto-importância, a ilusão de termos qualquer posição de privilégio no Universo, são reptadas por este pontinho de luz frouxa. O nosso planeta é um grão solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de algures para nos salvar de nós próprios.
A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que alberga a vida. Não há mais algum, pelo menos no próximo futuro, onde a nossa espécie puder emigrar. Visitar, pôde. Assentar-se, ainda não. Gostarmos ou não, por enquanto, a Terra é onde temos de ficar.
Tem-se falado da astronomia como uma experiência criadora de firmeza e humildade. Não há, talvez, melhor demonstração das tolas e vãs soberbas humanas do que esta distante imagem do nosso miúdo mundo. Para mim, acentua a nossa responsabilidade para nos portar mais amavelmente uns para com os outros, e para protegermos e acarinharmos o ponto azul pálido, o único lar que tenhamos conhecido."

                                — Carl Sagan

Quem falou que o mundo era todo azul e não sentia dor, por engano esqueceu-se: Só existe dor aqui no mundo azul. (...) 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Fases



Ontem era quente e estável. Imutável. Hoje se encontra permanentemente mutável. Não dá pra acompanhar o movimento, não dá pra ver seus rastros pelo chão. Não se sabe se passou ou não. Mas desconhece-se as razões. Sufocada. Oprimida. Sem chão. Deve ser por isso que não se vê os rastros. Seus olhos não brilham mais. As pessoas são todas iguais. Sem mais

O outro lado do espelho



Eu durmo tarde. A noite é minha companheira. Já onde todos foram, eu não sei. Onde as pessoas escondem sua existência, eu não sei. Existe na minha cabeça mil páginas com perguntas, umas apenas com quatro letras e um ponto de interrogação.
Será?
Onde?
Quem?
Mas existe um ponto na vida transitória onde não existem perguntas, é o ponto mais imerso do interior do centro, as respostas. Eu nunca cheguei até esse ponto, eu nunca quis entrar lá. Eu tenho medo de sentir medo. Eu ouço o som do silêncio, eu encontro o inalcançável na imensidão dos sonhos. Eu não sei viver. Nunca quis aprender... Quis assistir só. Assistir a minha vida sem senti-la.
Me pergunto onde está o foco. Onde está a luz. Onde está o consciente do subconsciente. Onde está a lucidez do inconsciente. Não sei. Eu viajo mil mares mas não sei. Não há expressão, não há surpresas. O que há então? Não sei.
Caminho mil milhas, mas ainda não há um porto. Será que seria apenas um aglomerado gigante de pensamentos se voltando contra mim? Eles vieram me buscar, me fazer parte da confusão alienada e separada de todo o universo ao seu redor. É assim que eu vou se me perguntares como estou. A razão inexistente. O x da questão.