domingo, 27 de abril de 2014

O deplorável castelo de cartas


É no brilho dos olhos que sabemos quem somos, só nunca sabemos quem devemos ser. São castelos de cartas a serem montados na beira da praia. O eu, o nosso eu. Nem o espelho sabe o quao complicado é o eu. Histórias que vem e vão. Agarramo-nos a coisas que não vem mais. Aqueles passos na calçada não vem mais
O andar solitário pensando em nunca mais parar. Vejo o céu, vejo Vênus. Por que não podemos nos teletransportar e sumir desse planeta cujo tanta dor, tanto sofrimento nos causa? Mas o eu insiste em fazer o seu dever. 
Levaremos esses desdéns pra onde formos. A nossa morada é a nossa mente. Mente conturbada. Machucada. Sobrevivemos e somos controlados pelo eu. Fortes são os que desenham sua vida como deve ser e vivem pra buscar seu objetivo, mas e nós? Os subjulgados pelas mentes que nos fazem assistir a nossas vidas todas as noites e ter o desprazer de fechar os olhos e a odiar. Ora... tem tanta coisa pior. 'Viver é uma coisa boa por si só'. Talvez. Mas viver. Viver e não assistir a vida. Eu nunca consegui fazer o meu castelo. Nem mesmo sem o vento. O que foi tudo isso? Uma distração. É como se a vida te desse presente por tempo limitado. E voce tem que lutar pra nao perde-lo. E a vida te tira o que de melhor voce conquistou. Talvez seja pra voce ir ainda mais longe e achar o que de melhor merece. Eis ao deplorável estado do eu. Avante! Não existe nada além de voce, e sua morada.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

RascunhzZZz.

Rascunhos da madrugada
São duas e dezesseis. Eu brigo com a insônia e a vontade de dormir.
Tão clichê seria, eu escrever algo sobre amor.
Eu já desacreditei. Já pisei. Já desisti, mas não muito. Já morri. Já cortei sem anestesia a linha do orgulho. Só pra poder sentir a sintonia das palavras suas com as minhas, voltando ao normal. Já... Hoje mesmo eu fiz isso. Saber que aqueles dias nunca mais vão voltar, e que minha paz se foi. Eu não a espero mais, o caos reina em nossas cabeças.

Queria tanto entender. Minha cabeça hoje virou uma arvore enraizada nesse chão, que nem floresce mais.
Meteu os pés pelas mãos, talvez tenha cometido o pior erro da sua vida. Isso pra faze la sorrir por um dia. E sorriu. Recebeu elogios, por um momento vi que tu não merecia te-la. Tocava aquela canção. Viu a vida com outros olhos, queria parar o tempo e nunca mais soltar o que estava tão perto. É incrível como um acaso junta os horizontes. E os fazem entrar em sintonia, como se em uma troca de olhar tudo se entendesse, sem nenhuma palavra ser pronunciada.  Talvez o que houve só no tempo que houve foi o necessário. A dose exata. A dose de pecado, a dose de todosentimentodomundo. 

O cansaço vira. Mandara toda essa tua dor embora, pra onde ela deve ficar. Se o que tu precisa não precisa de ti, isso vai vir a tona. Tu sabe que há um fio, que liga tua vida em cada toque, cada fio de cabelo dele, e talvez os teus carinhos não devam ser destinados a ele, alguem que não quer. É como forçar alguem a ser amado. A ser cuidado, a ter o abraço mesmo que errado. A te cuidar quando não existe mais sanidade. A te amar. O que te faz ainda estar, estar

O quao tenue é a linha entre a insanidade e a paz
Deito nos braços da vida
Dolorosa, melancólica vida
Não me deixa dormir
Me droga com pensamentos
Enfim caio no delírio do sono
Me abriga com carinho mas me trai com o despertar, que a cada dia mais injeções de decepçoes vao me sendo dadas